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LEITOR(A): Convido a que comente meus textos, justamente para que eu saiba se estou cumprindo (ou não) os objetivos deste blog! Se vc não tiver conta no Blogger e/ou Google, basta que escolha a opção "Nome/URL" para o envio. Daí, escreva seu nome completo + e-mail e sua apreciação. Os comentários são mediados e, portanto, só publico os que contenham uma identificação sólida a seu respeito. Na dúvida, consulte o que já foi publicado. E não se assuste com o tamanho dos textos: a partir de 2011, reformatei fonte, tamanho e cores para facilitar sua leitura. Obrigada!



31 janeiro 2011

APRENDAMOS COM O RIO


Aos leitores e às leitoras deste Blog:


Neste último dia de janeiro, percebemos que este Blog não recebeu atualização desde a colaboração do Renato, postada no dia 23.

A Mônica continua sem condições de escrever, e o Renato está bem ocupado - trabalhando e, é claro, cuidando da esposa amada.

E é a pedido dela que inserimos aqui um pensamento de Emmanuel, espírito que durante muitos anos mandou mensagens por meio da psicografia do grande médium brasileiro Francisco Cândido Xavier (1910-2002). Para quem não sabe, Emmanuel reencarnou por volta do ano 2000, aqui no Brasil, sendo, agora, uma criança entrando na adolescência. Chico sabia que isso ocorreria, pois fora avisado por seu amoroso mentor.

Esperamos que a pessoa hoje encarnada que foi Emmanuel tenha sorte na vida e se lembre deste pensamento que nos legou quando dos anos que passou na espiritualidade. É uma lição para sua alma, ora habitando novo corpo, e é uma lição para todos nós, igualmente vestindo corpos perecíveis, que nos foram emprestados. Um dia, devolveremos nossos corpos, mas nossas almas, que são imortais, sobreviverão. Como diz certo ditado, "Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual. Somos seres espirituais passando por uma experiência humana."


A lição de Emmanuel para que reflitamos:



A Mônica diz ter cabeça dura, mas está se esforçando ao máximo para aprender com o rio. Que possamos todos fazer o mesmo!

Paz e Luz a Todos!

23 janeiro 2011

A INFÂNCIA E OS SONHOS


Pablito, doador de amor puro.


Olá,

A minha querida esposa Mônica, que anda com uma dor de cabeça chata, pediu que eu contribuísse esta semana com um texto. Depois de tantos textos maravilhosos de autoria dela, acho até um sacrilégio postar algo neste Blog! Mas, como ela pediu com tanto carinho, deixo aqui a minha contribuição.

Pi, te amo demais!
Renato

                                                                                       
A INFÂNCIA E OS SONHOS

Camilo Castelo Branco disse uma vez que “A infância é como a água que desce da bica, e nunca mais sobe.” Peço a vocês permissão para colocar um pouco mais de tempero nesse pensamento: “O sonho de infância é como a água que desce da bica: nunca mais sobe e volta para te assombrar até a morte.”

Definição de assombração: “sentimento de terror causado por coisas que não se podem explicar e que frequentemente são interpretadas como sobrenaturais (Dicionário Houaiss).”

Ao contrário de muitas pessoas que tiveram uma infância traumática, só carrego comigo os meus sonhos. Na verdade, apenas um! Semelhante à maioria dos brasileiros da minha época, queria ser jogador de futebol. Parece até um sonho inofensivo, mas não é. Sou assombrado por ele até hoje.

Alguém lembra dessa aí acima? Pois é! Logo, logo estará assombrando por aí!


O que mais me frustra é saber que tinha a qualidade necessária. Era sempre muito elogiado por todas as equipes amadoras onde joguei. Infelizmente, quis o destino tirar de mim esse sonho... e transformá-lo em fracasso.

Hoje, sou professor de Inglês. Gosto dessa profissão? Adoro! Coloco comida na mesa? Sim. Pago as minhas contas? Sim. Sinto-me fazendo um bico? Sim. Sinto-me um fracassado? Sim!!! Fazer o quê, não é? Dá-lhe assombração!


A Vida Adulta e o Fracasso

A minha vida profissional adulta tem sido bem conturbada. Leciono Inglês há 22 anos. E desses 22 anos, fui prejudicado profissionalmente em todos.

E dá-lhe assombração! Na verdade, em situações como essa, a minha assombração de infância até me ajuda a lembrar que lecionar Inglês é apenas um bico.





Falando em burro... Acredito que devido a características pessoais, aquelas genéticas, que cada um de nós carrega, sou uma alma cigana. Talvez, por isso, não sofra tanto quando preciso recomeçar profissionalmente.

Na última empresa em que trabalhei (e trabalhei em muitas!), fiquei 7 anos. Foram 7 anos maravilhosos, cercados por pessoas maravilhosas. Achei até que iria me aposentar por lá. Infelizmente, um dia contrataram um diretor que ganhava uns 30 mil mensais, e ele decidiu me demitir porque eu ganhava 3.

Esse é o famoso corte de gastos “burro”, parecido com aquele do cafezinho. Conhecem? Quando uma empresa está mal das pernas, manda cortar o cafezinho. Como se isso fizesse uma grande diferença. No meu caso, eu fui o cafezinho. E dá-lhe assombração!


As Maiores Alegrias

A maior alegria da minha vida foi ter conhecido a Mônica e o Pablito. Eles me transformaram em uma pessoa melhor. Fizeram-me sentir uma alegria pela vida que eu nunca havia sentido.

Agora tenho também a “quadrilhinha do bem”, que me deixa bem ocupado. Pena que não tenha quatro mãos, ou melhor, cinco. Assim sobraria uma para mim (rsrsrs).

A verdade é que o efeito da assombração só não é maior porque tenho a Mônica na minha vida. Uma pessoa que já sofreu muito, que trava uma batalha incessante com seus fantasmas do passado e do presente. Uma pessoa doce e sincera que eu amo muito.

Tenho dúvidas quanto à existência de um paraíso no céu. Gostaria muito de acreditar que ele realmente existe. Conheço várias pessoas que deveriam ir para lá. A Mônica é uma delas. No meu caso, ainda tenho dúvidas. Será que a assombração também vai?

Abraços,

Renato


Nota da Monica Derito:

Renato, meu esposo, é o autor por mim convidado para blogar nesta semana. Ele (e eu) aguardamos ansiosamente os comentários dos leitores deste Blog. Obrigada. Mô.

16 janeiro 2011

EGRÉGORAS POSITIVAS E EGRÉGORAS NEGATIVAS

Amados e Amadas,

É desnecessário recorrer a um dicionário para entender a palavra "medo". Sabemos isso porque o medo é um sentimento humano diante do perigo, do ameaçador, do desconhecido. Quem nunca sentiu medo? Quem?

O medo é, também, uma antecipação perante o real ou o imaginário. Pode ser saudável, haja vista que é, na maioria dos casos, uma luz de alerta que o nosso instinto de sobrevivência acende. Ou pode ser nocivo, levando aquele que o sente a um caminho sem volta (como o suicídio, por exemplo).

Na época em que ia prestar vestibular, acordei certo dia, lá na cidade de Santos, onde eu morava, com uma sensação nada agradável oriunda de um sonho que eu não conseguia lembrar. Só sabia que era algo ruim e que tal acontecimento me fora mostrado em sonho. Naquele dia vim para São Paulo, para prestar vestibular na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). O vestibular era difícil e tomava quatro longos dias. No caminho para São Paulo, o medo foi tomando um aspecto funesto...

Uma tia que morava no Cambuci me ofereceu abrigo e todo o carinho do mundo. Como eu chegara três dias antes do vestibular, para me "habituar" a esta cidade de proporções gigantescas, minha tia teve uma ideia, logo que cheguei:

- Mônica, que tal conhecermos o local da prova após o almoço? Assim você já vai se familiarizando com o trajeto, os ônibus que terá que tomar...

- Tia, meu avô me deu dinheiro para táxi.

- Sua boba! Pegue ônibus sempre e guarde o dinheiro do táxi para você. Não vai ser ótimo?

Tive, então, uma ideia: aceitaria a sugestão da minha tia, porém, ao término do vestibular, quando de minha volta a Santos, daria todo o dinheiro para ela. Afinal, apesar do bom coração que tinha, minha tia Odette passava por dificuldades financeiras. O marido falecera e deixara uma aposentadoria comum, ou seja, * * * *. As filhas, maiores de idade, constituíram família, porém viviam com simplicidade e, mesmo assim, ajudavam a mãe em tudo o que lhes era possível. O dinheiro que eu tinha em mãos não seria a solução dos problemas, mas uma forma de agradecimento pelos gastos que eu acabaria gerando à tia querida. Assim, "topei" a ideia, mas não contei o plano que tinha. Seria uma grata surpresa para ela!

A prova da PUC aconteceria na PUC e fora dela, pois era enorme a quantidade de candidatos ao vestibular! O meu número de inscrição correspondia a um prédio "não-PUC": era de uma faculdade localizada no Largo Santa Cecília. Tínhamos que pegar um ônibus na Rua Lins de Vasconcelos e trocar de ônibus no Terminal Ana Rosa - lá no Largo Dona Ana Rosa, onde há a Estação de Metrô Ana Rosa e um Terminal de Ônibus. Detalhe: naquela época, a entrada do ônibus era lá atrás; e saíamos dele pela porta próxima ao motorista!

Tudo bem. Foi o que fizemos. Vi o local onde seria a prova e conferi meu número de inscrição na lista afixada na porta da faculdade. Depois iniciamos a volta, que seria basicamente como na ida, porém em ordem inversa, é claro! De repente, meu coração disparou! O medo voltou forte! O sonho ruim, que eu não me lembrava, iria se realizar. Era iminente.

Pegamos o primeiro ônibus e descemos na Ana Rosa. O segundo ônibus chegou. Meu coração veio à boca. Dei passagem à tia, para que ela subisse no ônibus primeiro, e depois, quando eu simultaneamente ia colocando o pé direito no primeiro degrau e, com a mão direita, ia alcançando a barra de ferro que ajuda a dar o impulso para subir, o ônibus (ou melhor, o motorista) arrancou em alta velocidade e já pegou uma curva, para sair na Rua Domingos de Morais. Mas no exato momento em que eu ia subindo (colocando o pé no primeiro degrau e segurando a barra de ferro), lembrei-me do sonho - e nele eu caía do ônibus. A lembrança do sonho, que deve ter tomado milionésimas frações de segundos, foi o suficiente para que eu desmaiasse. E, assim, caí desmaiada, batendo a nuca na guia da calçada.

Acordei, horas depois, no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo, rodeada por uns moços bonitos. Um deles, de traços nipônicos, apresentou-se como neurocirurgião e perguntou se eu sabia o que acontecera comigo. Para espanto geral, narrei todos os acontecimentos: a lembrança do sonho na hora em que subia no ônibus, a arrancada brusca do ônibus, o desmaio... E fui além: contei que a primeira pessoa a se aproximar de mim fora um estudante de Medicina, que imediatamente detectou que eu estava viva e que colocou ordem entre os curiosos que ali se aglomeravam. Contei também que vi minha tia correndo em minha direção e chamando de "assassino" o motorista do ônibus. Relatei tudo: a remoção por ambulância, minha tia chorosa sempre ao meu lado, o estudante de Medicina - que fez questão de me acompanhar -, a entrada rápida no Pronto-Socorro, a sala de Raios X, a conversa dos médicos, etc. Todos ficaram boquiabertos! Então, o neurocirurgião me disse que as radiografias não tinham revelado qualquer dano interno. Externamente, eu só apresentava alguns hematomas na pele e um pequeno corte ovalado no couro cabeludo, provavelmente causado pelo acabamento grosseiro da guia da calçada (o lugar do corte, aliás, é um lugar onde nunca mais cresceu cabelo, rsrsrs). De resto, eu estava bem, e só deveria ficar mais algum tempo em observação. Só.

Revelei, nesse momento, preocupação com a minha tia e também com algumas fórmulas que eu estudara para o vestibular. Enquanto alguém foi chamar minha tia, recitei as fórmulas e gargalhei de felicidade, pois minha memória estava ok! Os moços se admiraram e gargalharam junto. E aí chegaram minha tia, chorando copiosamente, e minha prima Mirna, a quem o BLOG CARDIO-LOGOS é dedicado (por favor, queiram ver o rodapé desta página). Mirna, apesar de demonstrar preocupação, sorria e procurava me incentivar:

- Aí, prima, que cabeça dura você tem, hahahahaha...

- Nem me fale, Mirna! Eu não poderia ter melhor estreia em São Paulo do que esta, hahaha...


Os dias passaram, recuperei-me do susto e fui prestar meu vestibular da PUC-SP. Passei na 25ª colocação. Mas não era a PUC que eu queria (a PUC era apenas um teste para mim), e sim outra faculdade, cujo vestibular seria somente no mês seguinte, e no qual passei na 1ª colocação. Ah, e importante: só pude viver em São Paulo porque minha família em Santos nada soube a respeito do "tropeço". Meus pais e avós jamais permitiriam que eu continuasse em São Paulo se soubessem do ocorrido. E como vetariam o meu sonho??? Usando o fato de eu ser menor de idade naquela época!!! Assim, tenho uma gratidão eterna para com meus familiares aqui de São Paulo, pois ficaram quietinhos e nunca contaram o fato a meus pais e avós. Eu, sim, muitos anos depois, e já realizada profissionalmente, estabelecida em São Paulo, e inclusive casada, contei o fato para minhas queridas mãe e irmã.

Enfim, mas voltando ao medo, aqui julgo que este trabalhou em meu favor, pois após tantas horas de agonia por não me lembrar do sonho, lembrei-me dele ao tentar subir no ônibus. E o medo foi tal que desmaiei de imediato. E, assim contou o neurocirurgião do HC, o desmaio pode ter sido minha salvação. Com ele, o medo foi embora e meu corpo inteiro ficou mole, não oferecendo qualquer resistência. Quando bati a cabeça na guia, poderia ter morrido ou sofrido algum dano grave se estivesse acordada, com medo, tensa. Mas desmaiada, eu estava, digamos, muito zen!



FORMEMOS UMA EGRÉGORA DE BONS SENTIMENTOS EM PROL DOS NOSSOS IRMÃOS DA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO

Nesta semana de tanta devastação pelas chuvas, em várias partes do Brasil, mas em especial no Estado do Rio de Janeiro, cometi um ato egoístico e pelo qual peço perdão a Deus.

Não vou discutir os motivos da tragédia climática aqui. Aqueles que leram minha postagem anterior - NOVO ANO NOVO - conhecem o que penso a respeito!

Enfim, meu ato egoísta foi o de ter comentado, na rede social Facebook, que eu estava com medo, pois iria a um médico e me sentia como um réu à espera da pronúncia da sentença. Esclareço: o meu medo era devido ao fato de eu estar, pela primeira vez, passando por um médico cuja especialidade era nova para mim. Era o medo perante o desconhecido e o que poderia ser descoberto!

Muitos amigos mandaram palavras de confiança, fé e paz, e prometeram orações em meu favor. Isso tem um nome: egrégora. Não cheguei a ler tais palavras antes da consulta e dos exames, mas a egrégora formada por esses amigos certamente foi tão linda e forte, que o médico, muito simpático, diga-se de passagem, soube combinar humanidade com competência de maneira ímpar. Sentindo-me mais tranquila após os primeiros minutos de conversa, estabeleceu-se entre nós, médico e paciente, uma sinergia que trouxe esclarecimentos diversos. Obrigada, amigos, pela egrégora de bons sentimentos que construíram para mim!

No livro MAGIA DE REDENÇÃO, o espírito Ramatís, pela mediunidade de Hercílio Maes, fornece uma explicação clara sobre egrégora: trata-se de uma "composição astral gerada por uma coletividade, pois o pensamento, o desejo e a vontade são forças tão reais e mesmo superiores às mais potentes energias da natureza. Debaixo dessa influência, a matéria astral, tão plástica, faz-se compacta e toma forma. Então, essa egrégora torna-se um campo de influência coletiva, impelindo os que dela se interessam para realizações positivas no mesmo gênero. Graças a Jesus, compôs-se no mundo a egrégora do Cristianismo, que afora da própria cogitação humana, continua a influir, atrair e orientar as almas sensíveis. Da mesma forma, Hitler compôs a terrível egrégora do Nazismo, a qual ainda insiste evocando adeptos e atuando vigorosamente ante o menor descuido das autoridades internacionais do mundo" (13ª edição, de 2006, página 40).


Mais tarde, e já em casa, li as mensagens de amor, de apoio, de preces, mas também fiquei chateada com algo que aconteceu... Sei que foi por amor a mim, mas houve uma reação exagerada... E isso importunou. Pensei: "Puxa, ao invés de participar da bela egrégora que muitas outras pessoas formaram, esta ficou preocupada em averiguar se estou falando a verdade ou ocultando algo maior, mais tenebroso."
Ai, ai, ai... E imediatamente senti uma fortíssima dor de cabeça, tive que tomar remédio, e voltei à rede social.

Números de 13/01/2011

E aí decidi o seguinte: não vou mais dar detalhes sobre minha saúde nessas redes "campeãs de audiência", como Facebook e Twitter. Há pessoas que estão 24 horas conectadas (não sei como conseguem) e, dentre elas, as que dão suporte imediato, criando egrégoras positivas, e as alarmistas, que, ao invés de participarem dessas nobres egrégoras, dedicam seu tempo ao alarmismo, formando egrégoras negativas.

Outro motivo para eu não mais fornecer detalhes:
Gente, ao mostrar o meu medo e compará-lo ao de um réu à espera da sentença, comportei-me de maneira egoísta! Afinal, o que são os meus medos em comparação ao caos que enfrentam os nossos irmãos vitimados pelas chuvas em certas partes do país, mas principalmente na região serrana do Estado do Rio de Janeiro?

E assim decidi convidar os amigos e leitores da rede social e deste Blog a que formemos uma egrégora de bons sentimentos em direção a esses irmãos. Por uma dessas boas oportunidades da vida, já visitei, em tempos felizes, as cidades ora atingidas pelas chuvas. Nelas, ricos e pobres se misturam. E nessa tragédia, ricos e pobres sofrem juntos e, graças a Deus, estão irmanados em ações de sincera solidariedade. Deixei uma nota na rede social, que reproduzo aqui, pois é válida para todos aqueles que têm a paciência de ler o que escrevo:
Amados e Amadas, obrigada pelas boas vibrações. É ótimo saber que vcs estão comigo! Compartilhei com vcs um sentimento humano: o medo. E vcs me ajudaram mto, podem acreditar. E continuarão a ajudar, estou certa! Porém, rogo que agora redirecionem suas orações aos nossos irmãos brasileiros vitimados por tragédias naturais. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, não se sabe o que ou quem está debaixo daquele lamaçal que desceu morro abaixo, levando consigo casas, carros e pessoas... como se fossem minúsculos brinquedos de plástico bem barato. Isso é triste e precisamos colaborar como pudermos. Se for possível enviar doações, enviem-nas! Se vcs puderem ir ao local para ajudar, não esperem mais! E se, como eu, vcs estiverem impossibilitados de qualquer ação sólida, orem com o coração pleno de sinceridade! Há quem diga que orar não enche barriga, não reconstrói casas, nem devolve objetos estragados ou vidas perdidas. Mas a oração traz conforto, conforto traz esperança, esperança traz horizontes, e horizontes trazem força para levantar a cabeça e agir. Vamos nos irmanar em preces por essas pessoas? Vamos? Vamos construir uma egrégora de amor e demais sentimentos bons? Obrigada. Bjs. Mô.
Leão, cachorro que se mantém ao lado da cova da dona,
Cristina Maria Cesario Santana, vítima do deslizamento
em Teresópolis, RJ (15/01/2011)


07 janeiro 2011

NOVO ANO NOVO



Amados Leitores,
       Amadas Leitoras:


Inicialmente, permitam-me desejar, a cada um de vocês, e de todo o meu coração, um maravilhoso 2011, com saúde para dar e vender, paz de espírito, fraternidade e amor sinceros, harmonia com o Universo, fé inabalável, muita coragem, sorte, prosperidade, bem-aventuranças, e alegrias e realizações a perder de vista!


Aproveito para também agradecer pelo carinho de todos, preocupados com o febrão, depois febre, agora febrinha que venho apresentando. A boa notícia é que esta vai sendo debelada a cada dia e logo minha temperatura voltará aos 36.0 ºC normais. Porém, haja vista a existência de outros probleminhas, digo que estou lutando com o LOGOS (razão) para me manter paciente, pois, se fosse pelo CARDIO (emoção), eu daria uma de Ícaro e tomaria um voo para sempre, rsrsrs... QUERO VOAR e, para isso, insiro o vídeo “Prelúdio pra ninar gente grande (menino passarinho)”, composição de um dos ícones da cultura musical brasileira: Luiz Vieira (*Caruaru, PE, 12/10/1928). Rogo que coloquem som na caixa e curtam esta bela melodia antes de prosseguir a leitura desta minha primeira postagem do ano! Ah, mas quando a letra da canção mencionar “sou menino-passarinho com vontade de voar”, pensem em mim e façam a seguinte substituição, por favor: “sou a velha-passarinha com vontade de voar”!
 



Pois é, o calendário virou
e chegou um ano novo,
mais uma vez!



Em verdade, nada muda, até porque diferentes pessoas ao longo da História (papas, principalmente) elaboraram diferentes formas de medir o tempo e alteraram calendários. Um evento bem comentado é o nascimento de Jesus, que teria ocorrido num mês de abril, e não em dezembro.

No entanto, manipuladas ou não, algumas datas têm a capacidade de exercer alguma forma de poder mágico sobre a humanidade, como o Natal e a virada de ano - o Réveillon - para expurgar o ano que passou e saudar o Ano Novo!  Lamento apenas que o verdadeiro significado de tais datas (e outras) esteja sendo deturpado. O Natal passou a ter um cunho comercial e muita gente celebra a data apenas com troca de presentes e ceia. O principal, que é a lembrança do nascimento de Jesus, é esquecido na maioria dos lares cristãos. O mesmo acontece no Ano Novo: em quase todo o mundo, é uma época para as famosas resoluções (Vou fazer isso, vou fazer aquilo, etc...); no Brasil, vai além: juntam-se às resoluções os primeiros batuques do Carnaval!  Ai, minha cabeça...

A deturpação do verdadeiro significado de algumas datas especiais acontece praticamente em todo o mundo. Certa vez, passando o “Thanksgiving Day” (Dia de Ação de Graças) nos Estados Unidos, perguntei a vários americanos se na data as famílias se reuniam ainda com o pensamento de agradecer a Deus, por meio de festas e orações, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. Naturalmente, por mais ingênua que eu seja, não iria falar da gratidão a Deus pelas boas colheitas anuais (a origem do “Thanksgiving”, em 1621). Todavia, as respostas que obtive comprovaram minhas suspeitas: com exceção de uma minoria, o verdadeiro significado da data não é mais lembrado ou celebrado com o devido respeito. O pensamento predominante é o sem-número de promoções que as lojas vão oferecer no dia seguinte!

Minha gente, nada tenho contra o Noel (em verdade, São Nicolau, celebrado pela Igreja Católica em 6 de dezembro), muito menos contra os comerciantes, que, comumente, geram empregos e faturam mais nesta época do que no resto do ano. Não obstante, torço para que renasça uma conscientização para que Jesus seja novamente colocado no centro das celebrações de Natal. Tomara que tal combate de luz ganhe o mundo cristão!

No nosso lar (não o filme, mas o apErtamento onde moro), meu marido, as crianças e eu tivemos um Natal cristão. Aliás, esta é uma das compensações da falta de grana: não há presentes caros nem algo que se pareça a uma lauta ceia, rsrsrs... Tínhamos alimento, graças a Deus, e o meu esposo, pedindo desculpas por não poder comprar um iPad para mim, algo que facilitaria muito minha criação de textos, ainda me presenteou com dois "relógios de pulso" (Ele sabe que adoro "wristwatches"!) que, segundo ele, custaram pouquíssimo. Puxa, e eu tinha apenas um calendário de mesa para ele!!! Quanto às crianças, tiveram que se contentar com guloseimas e brincadeiras. O legal é que os bebês curtiram muito o momento musical familiar: o pai ao teclado, a mãe cantando algumas canções, e eles acompanhando tudo "daquele" jeito, rsrsrs... Nosso repertório, ao que me lembre, incluiu, entre outras, JESUS ALEGRIA DOS HOMENS (Bach), O MIO BABBINO CARO (Puccini), AVE MARIA (Bach & Gounod), SILENT NIGHT (Mohr, Gruber & Young), ODE À ALEGRIA (Beethoven), e LAGO DOS CISNES (Tchaikovsky). Que mais fizemos? Conversamos no sentido de tentar renovar nossa fé e tecer planos para dias melhores. E reafirmamos nosso compromisso de nos mantermos sempre no caminho do bem, apesar das tentações da vida e dos maus exemplos que nos são apresentados: pessoas vencendo à custa de causar prejuízos aos outros ("puxar o tapete", roubar, humilhar, agir com preconceito, etc).

Nosso Réveillon não foi diferente. Comemoramos timidamente, porém conversamos bastante. Depois da queima de fogos, que vimos pela televisão, meu marido foi dormir, extenuado pelo futebol que praticara no dia 31 com os amigos. As crianças, que não podem ver uma cama chamando, foram atrás, rsrsrs... Fiquei algum tempo sozinha na sala, à meia-luz: repensei minha vida, orei, pedi perdão a Deus por algumas ideias (Quem disse que meu coração é bom?!) e, conforme algumas pessoas que me trataram mal vieram à mente, perdoei-as incontinênti, novamente!

Sim, e isto é algo que ninguém tira de mim: tenho a consciência em paz em relação aos meus semelhantes. Ainda bem! Como já passei da metade da vida (os 40 anos, mais ou menos), venho cultivando, com sinceridade de coração, o costume de procurar as pessoas a quem ofendi - ou com quem me comportei mal - com o intuito de pedir perdão. Agradeço a Deus por ter alcançado esta meta com sucesso: perdões devidamente pedidos sobre coisas passadas! E agora estou mais esperta: se e quando “apronto”, peço perdão imediatamente! E se não imediatamente (por "n" circunstâncias), o mais rápido possível, para não perder a pessoa e a oportunidade de vista! Mesmo com os incontáveis reveses da vida - desemprego, falta de grana, doenças, grosserias e preconceitos sofridos, etc -, coloco a cabeça no travesseiro e durmo em paz; quando saio, ando pelas ruas e não temo um olhar triste e/ou indignado de cobrança.



Bom, mas 2011 também chegou ao Brasil e...

1) Dilma Rousseff tomou posse em 1º de janeiro. Não vou comentar sobre ideias, preferências ou meandros políticos, mas meus olhos ficaram marejados quando a primeira mulher a ser eleita para a Presidência da República do nosso Brasil falou, com um nó na garganta, que a partir daquele momento ela era a presidenta de todos os brasileiros. “Faça um governo bom e justo, Dilma! Cumpra o que prometeu em seu discurso e seja a presidenta de TODOS os brasileiros. Aceite Deus em seu coração e em sua mente!”

2) Terminamos 2010 repugnando o preconceito contra homossexuais na Avenida Paulista e iniciamos 2011 repugnando o preconceito que a Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi está sofrendo porque seu samba enredo para o Carnaval deste ano aborda a importância dos nordestinos para São Paulo. Intitulada “São Paulo: A Capital do Nordeste!”, a letra virou alvo de ódio irracional por parte de certas pessoas, ou melhor, de “certos psicopatas” que estão ameaçando a Acadêmicos do Tucuruvi. Pergunto: "Minha gente, o que seria de São Paulo sem o esforçado povo nordestino? Quem constrói os nossos prédios? Quem limpa as nossas casas? Quem se arrisca nos caminhões de coleta de lixo?"

3) As chuvas, se por um lado bem-vindas, por outro têm arrasado vidas e sonhos. Infelizmente, os governos dos diversos países são os grandes vilões, pois causaram e seguem causando o efeito estufa. Se tomam alguma providência para tentar minorar o problema, apegam-se a ações tímidas – “só para inglês ver”, rsrsrs, como no ditado. Porém, é somente a população carente a sofrer. E sofre mesmo! O rico que porventura perde sua BMW numa enchente vai à concessionária e compra um modelo mais recente e turbinado! Mas o pobre perde os poucos bens que adquiriu, perde a moradia, perde os documentos, perde a identidade, perde a vida...



Ok, mas ontem foi 6 de janeiro, Dia dos Reis Magos! Em diversos países - como na Espanha, onde tive a felicidade de residir e estudar -, os presentes de Natal são apenas trocados no Dia de Reis. Apesar da "mexida" nos calendários à qual me referi no início desta postagem, a Igreja Católica acredita que, com o Menino Jesus contando ainda poucos dias de vida, os chamados Reis Magos foram visitá-lo, adorá-lo e levar-lhe presentes. Tal dia teria sido o 6 de janeiro. Portanto, e no intuito de presentear os leitores e as leitoras, vou aqui inserir o meu estudo mais atualizado sobre esses três homens dos quais não se fala muito na Bíblia, mas que exercem um fascínio indescritível nos cristãos que se interessam por fatos referentes ao nascimento de Jesus Cristo.


OS REIS MAGOS ERAM MESMO REIS ?

Nos sentidos mais próximos oferecidos pelo “Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.11” (ano: 2004), Gaspar, Belchior e Baltasarhá divergências sobre as grafias dos nomes – não eram reis. Conforme o respeitado dicionário, REI é (1) soberano que rege ou governa um Estado monárquico; (2) indivíduo que se distingue entre outros; (3) aquele que detém poder absoluto.

Dantes considerados por alguns pesquisadores como Rei da Índia, Rei da Pérsia e Rei da Arábia, respectivamente, Gaspar, Belchior e Baltasar teriam sido astrônomos e astrólogos e, naturalmente, homens de muita sabedoria para que, cada um em sua terra, e sem se conhecerem, chegassem individualmente à mesma conclusão: a de que, em determinada data, e durante tantos dias, os planetas Marte, Júpiter e Saturno formariam um alinhamento ímpar, sendo a cidade de Belém da Judéia (na atual Cisjordânia) o melhor local para a observação de tal alinhamento, que, naturalmente, apresentar-se-ia no período noturno e na forma de uma grande e brilhante estrela. No mapa aqui inserido, veja Israel, e, dentro de um pontilhado, a região da Cisjordânia, sendo a Belém atribuída a palavra inglesa “Bethlehem”.

Nota: Segundo Ramatís, espírito puro e perfeito, ou seja, antigo e de grande envergadura, os três planetas entraram em alinhamento para permitir uma atmosfera cósmica favorável à descida de Jesus, cujo processo preparatório para a encarnação missionária levou mil anos.






Além de Sua genealogia ter que ser cuidadosamente estudada, pois o corpo humano - vestimenta necessária para a vida na Terra - era (e ainda é) muito grosseiro para o Unigênito de Deus, Jesus também precisou, para seu nascimento, de um Astral que Lhe proporcionasse condições para descer à tão conturbada Terra. Assim, a data para a vinda do Salvador foi calculada para acontecer quando Marte, Júpiter e Saturno entrassem na chamada "superconjunção" (alinhamento perfeito). Importante que se diga que esses planetas formam, com a Terra, os quatro únicos planetas habitados do nosso sistema solar. E também é relevante que se tenha em mente que esses três planetas são superiores à Terra em termos morais, científicos e tecnológicos. São planetas de paz, cujos habitantes desempenham missões de quilate inimaginável para a nossa mente tão estreita. Ademais, seus corpos são mais sutis, ou seja, leves, puros e formatados para o tipo de atmosfera etérea em que vivem.

E os chamados Reis Magos? Pois bem, sua viagem a Belém é prevista no Antigo Testamento pelo Profeta Miquéias (5, 2-5), que viveu no século VIII a.C., e é narrada no Novo Testamento (queiram ler Mateus: 2, 1-12).

Gaspar (significado do nome: “Aquele que vai inspecionar”) era robusto e moço, tendo por volta de 20 anos de idade. Vinha de uma distante região montanhosa perto do Mar Cáspio, localizado entre o extremo leste da Europa e o extremo oeste da Ásia. O Cáspio banha a região que compreende os seguintes países, em termos atuais: Rússia, Azerbaijão, Turquemenistão, Cazaquistão e Irã.

Belchior (significado do nome: “Meu Rei é Luz”) contava já 70 anos de idade. Tinha barba e cabelos fartos e brancos, e vinha da cidade de Ur, junto do rio Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque).

Baltasar (significado do nome: “Deus manifesta o Rei”) era mouro, tinha a barba cerrada e apresentava uns 40 anos de idade. Vinha dos lados do Golfo Pérsico, da região hoje compreendida pelo Iêmen e por Omã.

Os Reis Magos, ou Magos, ou simplesmente Homens Sábios, habilidosos astrônomos e astrólogos, poderiam ser vinte, trinta, ou até mesmo um ou dois. Porém, predomina entre historiadores e teólogos a ideia de três homens devido aos presentes ofertados ao Menino Jesus: (1) OURO, presente dado a um Rei e que simboliza materialidade; (2) INCENSO, presente dado a um sacerdote e que simboliza espiritualidade; e (3) MIRRA, presente dado a um profeta, simbolizando imortalidade. Sobre a mirra, aliás, cabe uma lembrança: trata-se de uma resina com a qual os corpos eram embalsamados.




PAUSA, por favor! Essa eu tenho que contar!
Lembram-se de minha postagem anterior, MENSAGEM DE NATAL ATÉ PARA QUEM NÃO É CRISTÃO, que está neste Blog desde 18/12/2010 ?
Lembram-se dos catadores de papel que me abordaram na rua e que abracei e com quem orei um Pai-Nosso?
Pois bem! No meu encontro com aqueles moços humildes, mas de alma sábia, senti um gostoso aroma de mirra no ar...  (Diferente do que sempre senti quando na presença da pessoa que "armou" minha demissão da faculdade: cheiro de enxofre! Aliás, além de eu já haver perdoado tal pessoa, sigo orando a Deus para que salve sua alma.)



VOLTANDO AOS REIS MAGOS...

Dirigindo-se individualmente a Belém, Gaspar, Belchior e Baltasar se conheceram em Jerusalém, numa estalagem. Os romanos dominavam a Palestina, sendo o cruel Herodes o governador local. Quando este soube do encontro de três astrônomos que tinham exatamente a mesma ideia sobre algo sensacional nos céus de Belém, o rei mandou chamá-los e exigiu que lhe contassem tudo. Ao perceber a empolgação dos três homens sobre o alinhamento dos planetas, ouviu deles que isto poderia ser uma simples coincidência ou, então, o cumprimento de uma profecia sobre o nascimento de uma criança que viria a ser rei. Enciumado (sentimento pertencente aos inseguros) e enraivecido (sentimento pertencente aos maus), Herodes mandou que os três fossem a Belém e que, na volta, o procurassem para dar detalhes.

"Adoração dos Reis Magos", de Giotto (c.1267-1337)


Após conhecerem Jesus (provavelmente no dia em que o Menino fora circuncidado, posto que era judeu), e entenderem que Aquele era o Unigênito de Deus, os magos, em seus sonhos, foram intuídos por anjos sobre as intenções nefastas de Herodes e, portanto, tomaram outro caminho de volta, evitando Jerusalém e a estalagem. Isto deu tempo para que os anjos também aparecessem em sonho a José e revelassem a necessidade de fuga – “A Fuga para o Egito” (Mateus: 2, 13-18). Bem, mas aqui começa outra história...
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Dedico esta primeira postagem de 2011 ao meu pai, Francisco, leitor e grande entusiasta de todo o material por mim produzido. Os reveses da vida causaram-lhe uma tristeza que o levou à morte. Recentemente, ele me visitou no Centro Espírita que frequento e sou muito grata a Deus por ter permitido essa graça. "Pai, eu te amo e sinto muito a tua falta! Mas sei que um dia nos reuniremos, e aí só haverá alegria! Desejo-lhe evolução espiritual, paz e luz, cada vez mais!"
Meu Paizinho Francisco: 08/02/1934 - 16/09/2006