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19 fevereiro 2011

TALVANI EMPREENDEU A GRANDE VIAGEM




Amados Leitores e Amadas Leitoras:

Talvez eu devesse ter elaborado esta postagem na terça-feira 15, quando soube do ocorrido. Porém, minha emoção (cardio) e minha razão (logos) precisaram de um tempo para superar, ainda que só um pouco, por enquanto, a tristeza da notícia.

Pois é! Eis um assunto do qual quase todos os seres humanos têm algum receio: a MORTE. Talvez não seja a morte em si que nos assuste, porém o desconhecido. Para os seguidores da doutrina espírita, bem como para os seguidores das religiões reencarnacionistas, o "desconhecido" não é tão desconhecido assim, e, portanto, o medo não faz sentido.

Contudo, há, lá no íntimo de cada pessoa, ainda que espírita, algumas perguntas que nos fazemos repetidamente:

1) Quando será a minha hora? Conseguirei prever? Alguém conhecido virá me buscar? Irei para um lugar bom? Tenho merecimento para almejar lugares bons? Como Deus me vê? Qual o conteúdo da minha malinha espiritual?

2) Como reagirão os meus familiares? Estão preparados para viver sem mim? Vão sofrer com a minha partida? Ou vão ficar felizes?

3) E as pessoas com quem convivo no trabalho, no templo religioso que frequento, nos lugares por onde ando? Alguém sentirá a minha falta? Haverá críticas à minha pessoa?

Estas são algumas das questões que nos cercam e que devemos encarar com seriedade para que tenhamos a coragem de ver o que estamos colocando na nossa bagagem espiritual. Sim, porque não vamos carregar títulos, ouro, dinheiro, fama, diplomas, honrarias, medalhas etc. Nada disso tem valor para Deus! Muitas vezes, pessoas analfabetas, pobres e desempregadas têm muito mais mérito do que os chamados doutores... Aqueles catadores de papel que abracei e com quem orei um Pai-Nosso, por sugestão de um deles, podem ter uma alma mais pura do que a minha... Podem ter mais merecimento do que eu em relação ao lugar para onde suas almas serão atraídas quando de seu desencarne...

Observação: Para quem não sabe do que estou falando, rogo que leia a postagem MENSAGEM DE NATAL ATÉ PARA QUEM NÃO É CRISTÃO (18/12/2010).

É bom que começemos a pensar na nossa bagagem espiritual... E que nos empenhemos em fazer por merecer um bom lugar. Há dois milênios, Jesus proclamou: "Há muitas moradas na Casa do meu Pai". E no meio do século passado, o espírito André Luiz, ao escrever NOSSO LAR, por intermédio da mediunidade do saudoso Chico Xavier, ofereceu exemplos sobre merecimento e não merecimento. Aos que têm curiosidade em ler o livro, mas acham que não o vão compreender, há o filme NOSSO LAR, lançado em circuito nacional em setembro do ano passado, cujo DVD está previsto para o início de abril de 2011.

Pois é, amados e amadas, meu amigo super gente boa TALVANI NOLASCO teve um infarto fulminante na noite do domingo passado, dia 13. Era baiano de Salvador, engenheiro, casado com a Gisa, feliz com sua família, seus amigos e seu trabalho (Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado da Bahia). Tinha apenas 10% de visão, o que não o impediu de receber mérito especial (diploma "cum laude") quando de sua formatura, e que não o impedia de fazer maravilhas na tela de um computador. Homem de bom gosto, era fã da soprano inglesa Sarah Brightman, a quem teve o inenarrável prazer de conhecer pessoalmente em outubro de 2009, quando esta veio ao Brasil para três apresentações (duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro).

Foi por ocasião desses shows da Sarah que conheci o Talvani. Já nos conhecíamos virtualmente, devido ao fato de pertencermos ao único fã-clube brasileiro reconhecido pela cantora! Talvani e eu trocávamos e-mails e ideias... E nos conhecemos pessoalmente num encontro de fãs, dois dias antes do primeiro show do "Anjo da Música" em terras brasileiras.

Eu não cheguei a conhecer o Talvani tanto quanto gostaria, e tanto quanto ele merecia, mas o conheci o suficiente para afirmar, com toda a propriedade, que o coração que parou na noite do dia 13 era um coração amigo, leal, generoso, cheio de bom humor e paz. Amou muito e foi muito amado. Não fazia questão de ser lembrado ou mencionado por suas inúmeras boas ações. Fazia questão, isso sim, de fazer o bem e de realizar suas tarefas com amor.

Visualizo Talvani num lugar lindo! Imagino que ainda esteja dormindo um sono reparador, pois seu desencarne foi rápido e inesperado. Mas sei que "sente" as nossas preces e que, quando acordar", ouvirá cada uma delas. Quando estiver readaptado ao mundo espiritual, que é a nossa verdadeira Pátria, terá lindas missões a cumprir e, certamente, as cumprirá com um amor igual ou ainda maior do que aquele que mostrou aqui na Terra.

Talvani e Sarah Brightman, 20/10/2009, Credicard Hall, São Paulo.
O Amigo realizou o sonho de conversar com nossa Diva!

Não vou discutir as decisões de Deus, ou seja, apesar da saudade, não vou discutir a partida do Talvani. Sei três coisas: (1) Talvani está num lugar bom e está cercado por protetores e médicos espirituais. (2) Deus está chamando anjos aqui da Terra para que se juntem a Ele, para que, com Ele, preparem a entrada efetiva da Era de Aquário no Planeta Terra. (3) Quando vemos amigos de nossa faixa etária desencarnarem, é bom que nos preparemos também. Talvani não é o primeiro amigo de minha faixa de idade a desencarnar. Outros se foram antes dele... Não nos é dado conhecer o tempo de Deus. E cá entre nós, é melhor assim! De minha parte, estou procurando me manter "antenada" e olhando minha "malinha espiritual". Afinal, não é segredo que não me sinto bem. E estou cansada de sofrer humilhações diversas (ainda que sejam provações - e talvez o sejam -, não consigo fingir que está tudo bem e sair sorrindo por aí). Há muitas pessoas encarnadas que têm uma sorte danada em relação às besteiras que me dizem e/ou fazem, pois não sou violenta nem malcriada: vou engolindo os sapos! Enfim...

"Valeu, Amigo Talvani! Você fez uma diferença positiva!
Paz e Luz para você!"

"Família do Talvani, muita força para vocês!"


PARA REFLETIR:

A morte

A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.

(Vinícius de Moraes, 1913-1980)

09 fevereiro 2011

BODAS DE TURQUESA: HISTÓRIAS E PÉROLAS





Queridos Amigos,

Lembram-se de mim? Sou o Renato, marido da Mônica. Voltei para trazer uma nova colaboração a este Blog. Espero que gostem e que comentem!



Para começar, uma pergunta: Vocês conhecem a turquesa?

O Dicionário Aurélio da Língua PortuguesaNovo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.11, de 2004 – define turquesa como sendo um mineral triclínico, azulado ou esverdeado, fosfato hidratado de alumínio e cobre, usado como pedra preciosa.



Para os budistas tibetanos, a turquesa é uma pedra sagrada. Para os esotéricos, ela protege contra a poluição do ambiente, e ainda melhora a meditação, a circulação e a paz de espírito. Tem grande poder de cura, absorvendo para si os sentimentos negativos que poderiam vir a seu portador. Sua cor muda quando o portador está doente ou quando algo desagradável está para acontecer. É um símbolo do “mar” e do “céu”, que, respectivamente, falam da “profundeza da alma” e da “ascensão ilimitada”.



Pois é, no último dia 1º de fevereiro, a Mônica e eu fizemos 18 anos de casados, ou seja, “Bodas de Turquesa”, de acordo com a convenção.


Como ela me aguentou e continua aguentando?! Só Deus sabe!!! Rsrsrs... Será que a paciência que ela  demonstrou ao longo desses anos todos se transformou nas incontáveis dores de cabeça que a afligem? Pobrezinha! Rsrsrs...


Falando sério, gostaria de compartilhar com vocês algumas histórias e pérolas desses 18 anos. E a primeira já conto aqui: nunca consegui saber ao certo a cor dos olhos da Mô. Para mim, os olhos dela são verdes. Para o sistema de identificação das autoridades (Polícia Civil e Polícia Federal), são azuis. E vocês, o que acham?




DURANTE O NAMORO

Um certo dia, durante o período de namoro, a Mônica me pediu para tomar conta do Pablito enquanto ela estivesse trabalhando. O Pablito era um cachorrinho espetacular, dotado de uma meiguice ímpar. É claro que eu aceitei o convite de imediato!

Começamos a brincar com uma bola de plástico, creio que de cor roxa. Eu chutava e ele interceptava a bola com as patinhas. Mas, como todo bom goleiro, deixou passar uma que lhe acertou o olho esquerdo. E não é que ele, valente, continuou jogando, mesmo com um olho aberto e outro fechado?

Na verdade, se um de nós ficou apavorado, este fui eu: o tempo passava, a Mônica estava para chegar, e nada do cachorro abrir o olho. Cheguei até a pensar que ele estava me sabotando, rsrsrs... Contudo, segundos antes da Mônica colocar a chave na porta, o Pablito abriu o olho. Ufa!!!



A PRIMEIRA VEZ NA CASA DA MINHA MÃE

Minha família é daquela safra de imigrantes italianos que vieram em busca de uma vida melhor no Brasil. Meus pais e irmãos, como todos os descendentes de italianos dessa leva, falam em voz alta e usam as mãos o tempo todo para se comunicar (Eu não faço mais isso, porque a Mô me adestrou, rsrsrs).

Um belo dia, levei a Mô para conhecer a italianada, e o resultado não poderia ter sido outro: em certa parte da conversa, ela achou que estávamos todos brigando, rsrsrs... Pobrezinha! Logo ela que vem de uma família parecida, mas que, por força das circunstâncias, ou seja, por ter vindo para São Paulo ainda menor de idade para estudar, foi autodidata e aprendeu comportamentos mais comedidos para um convívio sadio nas vagas em que morou.

Ainda bem que ela se acostumou conosco, né?! Rsrsrs...



7-ELEVEN EM LONDRES

Amigos, só vendo mesmo para crer!!!

Durante o Mestrado da Mô, tivemos a oportunidade de passar uns tempos em Londres. Certo dia, havíamos ido a Stratford-upon-Avon, cidade natal do grande Shakespeare. Havíamos andado muito, mas muito mesmo a pé (e só a pé) sob intenso frio. Quando desembarcamos do trem em Londres, na famosa Paddington Station, já era tarde, e estávamos muito cansados. Ao contrário da Mônica, eu, quando fico cansado fisicamente, perco parcialmente minhas faculdades mentais, que já não são muitas, rsrsrs...

Bom, passamos por um 7-Eleven antes de nos recolhermos. Nada como dormir de barriga cheia, né? Faz um mal danado, mas é super gostoso, especialmente quando faz muito frio. Brrrrrrrrrrrr... Pois bem, enquanto escolhíamos os itens que compraríamos para comer em casa (pães, leite, queijos, etc), falávamos em português. Na hora de passar pelo caixa, fomos atendidos por um rapaz muito gentil e falante. Perguntou-nos em que idioma falávamos entre nós e, quando respondemos “Portuguese”, veio a questão que não queria calar: de onde éramos? Naquela época, os brasileiros eram mal vistos na Inglaterra, e, portanto, respondi de acordo com os nossos passaportes europeus:

- Sou italiano e minha esposa é portuguesa.

O rapaz quase caiu da cadeira de felicidade!!! Dirigiu-se a mim, quando já estávamos praticamente saindo da loja e, todo alegre, perguntou:

- Como se fala “boa noite” em italiano?

Eu, que mal conseguia ficar em pé, respondi:

- Buon giorno.

E lá ficou ele na porta da loja, acenando quando de nossa partida e gritando, às 10 da noite:

- Buon giorno! Buon giorno!



PERDIDOS EM LONDRES

Um policial típico de Londres
(não o que encontramos!)
Um dia, ao sairmos de um museu, pegamos um ônibus para outro museu, porém do outro lado do Tâmisa – um lado menos turístico naquela época, mas que hoje está ganhando muitas atrações, como, por exemplo, a imensa roda-gigante conhecida como “London Eye”.

Londres... Olha que tem museu que não acaba mais nessa cidade! E é um sobe-e-desce de ônibus e metrô... Acabamos nos perdendo e decidimos parar um guarda que estava passando. O jovem guarda prontamente respondeu, deixando à mostra a falta de vários dentes em sua boca, principalmente os incisivos superiores (os da frente). O nosso espanto foi tão patente que ele, muito solícito, deve ter pensado que não havíamos entendido as coordenadas. Repetiu-as mais devagar, e, como ainda nos mostrávamos surpresos com a falta dos dentes, repetiu-as uma terceira vez, sempre sorridente.



PEGANDO UM TEATRO OU PEGANDO NO SONO ?

A Mônica é uma senhora paciência, uma pessoa motivada pelo intelecto e pelo prazer do conhecimento. Já não posso dizer o mesmo no meu caso... Enquanto os olhinhos da Mônica brilham pelo prazer do desconhecido, os meus se fecham. Toda vez que saíamos lá em Londres, eu acabava dormindo em algum lugar. Quando fomos ao Planetário, por exemplo, fiquei maravilhado com o espetáculo de luzes e cores durante uma apresentação sobre o espaço sideral. Mas, 5 minutos depois, já estava dormindo, rsrsrs... Só acordei quando a Mô me chamou, avisando que o espetáculo acabara. Enquanto eu estava todo amarrotado de sono, ela trazia um sorriso nos lábios, e seus olhos estavam marejados devido à beleza de tudo o que vira!


O mais engraçado aconteceu quando fomos ver uma peça de teatro. Era “An Ideal Husband” (O Marido Ideal), uma comédia de Oscar Wilde, com um elenco de primeira. A Mô vibrou com a oportunidade de ver, no palco, uma de suas atrizes europeias prediletas, Carol Drinkwater. Eu estava cansado demais, depois de caminhar um dia inteiro no frio, e, após as primeiras falas, já estava dormindo. Acordei com a Mô me cutucando. Ela disse:

- Renato, você roncou alto e as pessoas próximas estão olhando e comentando! A senhora atrás de você até falou ao marido: “Esse homem está dormindo!”

Pudera, né?! Marido perfeito não existe! Rsrsrs...


Ana e Carlos, dois de meus muitos irmãos, e a Mônica (fotógrafo: eu)



O mesmo não aconteceu em “O Fantasma da Ópera”, musical apresentado no imponente Her Majesty’s Theatre. Nem pisquei os olhos! A música e o cenário eram tão envolventes que... Bem, não sei. Honestamente, o musical me arrebatou desde o início, mas não posso negar um certo medo. E se um fantasma de verdade aparecesse, puxasse minha orelha e dissesse:


- Acorda, rapaz!!!

Hahaha... É claro que não acredito em fantasmas, bruxas, almas penadas, etc... Mas há um ditado popular a respeito, e não custa nada segui-lo:


"No creo en brujas, pero que las hay, las hay!"



Abraços a todos!

Renato










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Monica Derito diz: "Amados & Amadas, novamente contamos com
a valiosa colaboração do Renato, meu marido, que está ansioso
para receber seus comentários sobre esta postagem."