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30 novembro 2011

PARA VENCER O MAL


Amados & Amadas:



Postagem dedicada à prima Mirna Leandro de Castro,
a quem este blog inteiro é dedicado, e que, estivesse
ainda encarnada, completaria 60 anos neste 30/11/2011.
"Mirna, sabemos que estás bem e trabalhando muito
no Mundo Espiritual! Teu paizinho, Edgard, que adotei
como pai após o meu ter partido, fica sempre contente com
as notícias que envias do Plano Maior! Mirna, sem
entrar em detalhes, pois sei que tu agora sabes o que se passa
em cada coração aqui na Terra, rogo-te que me ajudes, por favor!"



Com tanta coisa negativa acontecendo nas mais diversas esferas da vida, e nos mais diversos lugares do mundo, há quem ache que somente uma grande intervenção de Deus possa colocar as coisas no lugar! Há, também, os que pensam que tudo está perdido e que o mundo (a Terra) vai até acabar em 2012. E há, no entanto, aqueles que, como eu, acreditam em uma Transmutação do Planeta, ou seja, uma modificação para o bem, ocorrendo com a permissão e a ajuda de Deus, e com a ajuda dos homens de boa vontade - pessoas que já tenham atingido grau de bondade e altruísmo em seus corações; pessoas que privilegiem o "ser" e não o ter, e que já não vivam com pensamentos de egoísmo, orgulho e vaidade, as três grandes chagas da chamada Humanidade.

"Para Vencer O Mal", o capítulo 30 do livro Palavras de Vida Eterna[1], dá-nos algumas dicas sobre como os verdadeiros homens de boa vontade podem cooperar na esfera da extinção do mal. E eu, com o intuito de facilitar o entendimento do texto do Espírito Emmanuel, apresento aos meus leitores e leitoras os meus próprios comentários a respeito.



“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence
o mal com o bem.” – Paulo
( ROMANOS, 12:21 )

Em sua Carta aos Romanos, Paulo discorre e instrui sobre temas diversos. No capítulo 12, o tema é “O Amor”, e o Apóstolo fala sobre a importância da sinceridade no amor, bem como de hospitalidade, esperança, zelo, bênçãos, dedicação, solidariedade, etc. No entanto, situações envolvendo o mal também são abordadas, porém como oportunidades para que o bem seja usado em seu combate. A ira deve ser deixada com Deus, que é o único a poder julgá-la e, se for o caso, puni-la.

 
Emmanuel, na lição 30 de Palavras de Vida Eterna, retoma a ideia de Paulo sobre a necessidade de envidarmos todos os nossos esforços para que, dentro do possível, vivamos em paz com todos os nossos semelhantes, sem exceção. Esta ideia, tão divulgada, vivida e exemplificada por Jesus, por meio dos preceitos que ensinou e de seus atos, requer, naturalmente, a anulação do orgulho e de qualquer disposição para a vingança.

 A seguinte passagem de Lucas[2] , descrita entre a oração do Mestre no Monte das Oliveiras e sua prisão, é um dentre tantos outros exemplos da aplicação do bem em presença do mal:

Enquanto ele falava, apareceu uma multidão conduzida por Judas, um dos Doze. Este se aproximou de Jesus para saudá-lo com um beijo. Mas Jesus lhe perguntou: “Judas, com um beijo você está traindo o Filho do homem?” Ao verem o que ia acontecer, os que estavam com Jesus lhe disseram: “Senhor, atacaremos com espadas?” E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. Jesus, porém, respondeu: “Basta!” E tocando na orelha do homem, ele o curou.
(LUCAS, 22:47-51) [3]



Combater o mal com o bem não é assim tão fácil para nós, espíritos ainda muito imperfeitos, mesmo que conhecedores e estudiosos da doutrina de Jesus. Todavia, se realmente tivermos por meta a nossa reforma íntima e a nossa depuração espiritual, vale a pena tentar! Emmanuel nos chama a atenção a esse respeito, dizendo que o bem no combate do mal não pode ser feito pela metade, ao que chama de “meia-bondade”: cara fechada, o não olhar diretamente para os olhos do ofensor, o uso da famosa “operação tartaruga” (tão utilizada, por exemplo, por trabalhadores desejosos de atingir o patrão). O bem no combate do mal não pode ser adiado, não pode ser seguido de maledicência – inclusive pelas costas –, não pode humilhar aquele que praticou o mal. Tais atitudes podem parecer válidas ao ofendido em um primeiro momento; no entanto, são atitudes que nada ensinam ao ofensor e que em nada contribuem para a nossa evolução moral. Longe disso! Ainda nos tornamos “co-partícipes” do mal! Ademais, pela “lei da ação e reação”, geramos males e desgostos a nós mesmos! É assim que desejamos um mundo melhor para nós e para os nossos descendentes?


Atualmente, na tentativa de rever o papel da Educação, muitos já percebem que a Educação Moral é a chave para o futuro venturoso que tanto acalentamos. Rosana Jatobá, advogada, jornalista da TV Globo e mestranda em Gestão e Tecnologias Ambientais pela USP, faz coro com as pessoas já despertas para esse projeto e diz o seguinte:


Todo mundo está “pensando” em deixar um planeta melhor para nossos filhos… Quando é que se “pensará” em deixar filhos melhores para o nosso planeta? [4]




Em O Livro dos Espíritos[5], várias instruções do Mundo Espiritual nos falam sobre o tema central desta lição de Emmanuel, salientando o papel da Educação “para vencer o mal”. Kardec e os espíritos que o orientaram na composição do livro falam que cabe à Educação lutar contra as más tendências, mas que isto somente será alcançado quando nos aprofundarmos no estudo sobre a natureza moral do homem (questão 872).


Temos, portanto, que exercitar a paciência, a vigilância e a oração, pois grandes são as tentações para que nos embrenhemos no mal, como reflete o Espírito Irmão José, em sua introdução ao livro Vigiai e Orai[6]:

Consoante o que nos disse Jesus – “Vigiai e orai para não cairdes em tentação” –, este volume de nossa despretensiosa lavra nos é um convite à vigilância operosa e à prece, que se traduz na ação cotidiana pelo bem de todos.

Porquanto, sem fé em Deus e a vivência constante do amor aos semelhantes, o homem estará sempre à mercê de suas próprias imperfeições, sucumbindo, não raro, sob o assédio das forças do Mal que lhe tramam a queda.
(página 10)
 

Assim sendo, é mister compreendermos e guardarmos, no nosso coração e em todos os seus recônditos, que, até mesmo na prática do bem para vencer o mal, precisamos vigiar e orar para não cairmos em tentações e para que nos mantenhamos ativos no “bom combate”. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo[7], precisamente no capítulo 28, intitulado “Coletânea de Preces Espíritas”, temos uma prece interessante com uma proposta sobre como agir de maneira cristã em relação aos que nos fazem o mal, ou seja, aos ditos inimigos: chama-se “Por nossos inimigos e por aqueles que nos querem mal”. No item 46, há uma instrução preliminar, que retoma o verdadeiro significado das palavras de Jesus ao recomendar “Amai aos vossos inimigos.” Na continuação, já no item 47, há a prece em si. Creio que podemos ler esses dois itens com atenção e verbalizarmos a prece com nossas próprias palavras. Porém, se não houver honestidade de propósitos em nosso coração, de nada adiantará. Por outro lado, em havendo humildade e sinceridade, coloquemo-nos à disposição de Deus para que nos teste e faça, se possível, que se nos apresente uma ocasião para que sejamos úteis a essa pessoa que nos quer mal e/ou que praticou o mal a nós.

Finalmente, tenhamos em conta a advertência do Espírito Emmanuel, do Apóstolo Paulo e do Mestre Jesus – este por meio de suas pregações e exemplos próprios: adentrar corajosamente a treva não basta; temos que adentrar e acender a luz. Ou seja: combater o mal corajosamente não basta; temos que combater o mal fazendo o bem. O bem e o mal estão dentro de nós: acendamos a luz do bem!

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Referências:

[1] XAVIER, Francisco Cândido (psicografia); EMMANUEL (espírito). Palavras de Vida Eterna. 35. ed. Uberaba, MG: Comunhão Espírita Cristã, 2010. 384p.
[2] O evangelista Lucas (do grego Loukás, passando pelo latim Lucat, que significa “luz”) não foi um dos discípulos que conviveram com Jesus. Porém, como seguidor de seu Evangelho, e como trabalhador dedicado ao lado de Paulo na divulgação da Boa Nova, conviveu com alguns dos discípulos e tornou-se um dos melhores aprendizes e divulgadores da Boa Nova. Podemos destacar, sobremaneira, três fatos a seu respeito: era médico (Paulo o chamava de “O Médico Amado”); foi quem teve a ideia de chamar de “cristã” a igreja fundada por discípulos de Jesus Cristo; e, na impossibilidade de Paulo em voltar a Éfeso para entrevistar Maria, mãe de Jesus, seguiu ao encontro desta no intuito de colher informações sobre a vida do Mestre e Irmão Maior.
Lucas foi elevado à categoria de santo e é reconhecido pelas seguintes igrejas: Católica, Ortodoxa, Copta e Anglicana. É padroeiro dos médicos e sua festa litúrgica ocorre em 18 de outubro. No Espiritismo, reconhecemos o Dr. Bezerra de Menezes como a reencarnação mais recente deste evangelista [ Nota por mim compilada a partir de minhas anotações como linguista (etimologia do nome Lucas), de reminiscências das várias leituras feitas em minha vida (sobre São Lucas e Dr. Bezerra de Menezes) e, para o restante da nota, da leitura da seguinte obra: XAVIER, Francisco Cândido (psicografia); EMMANUEL (espírito). Paulo e Estêvão. 4. ed. especial. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2009. 600p. ].
[3] BÍBLIA SAGRADA Português-Inglês “Nova Versão Internacional” = HOLY BIBLE Portuguese-English “New International Version”. Edição traduzida diretamente dos originais em grego, aramaico e hebraico. 1. ed. São Paulo: Editora Vida, 2003. 1408p.

[5] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra a partir da 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, 10ª e 12ª edições francesas. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2011. 688p.
[6] BACCELLI, Carlos A. (psicografia); IRMÃO JOSÉ  (espírito). Vigiai e Orai. 18. ed. Votuporanga, SP: Casa Editora Espírita “Pierre-Paul Didier”, 2000. 224p.
[7] KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Renata Barboza da Silva e Simone T. Nakamura Bele da Silva a partir da 3ª edição francesa de 1866. São Paulo: Petit, 1997. 328p.





Um comentário:

  1. Mônica, como já havia dito continuo aprendendo com você. Cada vez que coloca suas mensagens, fico muito contente por aprender mais uma(s) vez com sua sabedoria iluminada para nos orientar. Bjos Isabel Fedeli

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